quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Série: Prova de História 2013.2. Questão 9.

Revolução Liberal do Porto



QUESTÃO 9. Em 1820, a população portuguesa, liderada pela burguesia, se revoltou e exigiu que as tropas inglesas [...] saíssem do país. Foi convocada uma Assembléia Constituinte. Era a Revolução Liberal do Porto, movimento também chamado do Vintismo. Estava sendo derrubado o absolutismo. O rei poderia continuar sendo o mesmo, D. João VI, mas agora ele teria que obedecer à Constituição elaborada pelas Cortes (Parlamento), que eram controladas pela burguesia. (SCHMIDT, 2005, p. 321).

O “Vintismo” apresentava um nítido conteúdo antibrasileiro, porque, dentre suas exigências,

A) proibia a participação de representantes brasileiros estabelecidos na Colônia nos trabalhos do novo Parlamento português (as Cortes portuguesas).

B) se aliava aos ingleses, para anular as conquistas políticas e administrativas alcançadas pelo Brasil, após a transferência da Corte, em 1808.

C) estabelecia a recolonização do Brasil, que implicava a anulação da abertura dos portos e na retomada do controle administrativo brasileiro.

D) instalava a censura da imprensa no Brasil, fechando os jornais que circulavam nas  ruas urbanas e que faziam críticas à política das Cortes portuguesas.

E) impôs as tarifas Alves Branco, que elevaram consideravelmente os impostos sobre as mercadorias exportadas pelo Brasil, especialmente o cacau e a borracha.

Vamos começar entendendo o contexto. Fugindo da expansão Napoleônica no início do século XIX a família real portuguesa veio para o Brasil em 1808 juntamente com todo o corpo da administração pública portuguesa, em outras palavras: a administração do Estado português transferiu para o Brasil. Esse evento resultou em progresso para o Brasil e retrocesso para Portugal.
A vinda da família real para o Brasil trouxe uma série de melhorias para a colônia: abertura dos portos à nações amigas, fundação de bancos, escolas, faculdades, parques e, como mais importante, a elevação do Brasil da condição de colônia á condição de Reino Unido à Portugal e Algarves. Preste atenção: O Brasil deixa de ser Colônia e passa a ser Reino Unido á Portugal, é uma elevação da condição do Brasil.
Portugal sofreu a invasão francesa, o posterior domínio inglês, abandono por parte da administração pública, crise de abastecimento e a perda da colônia que já foi mencionada.
Em resposta à essa crise em Portugal estourou a Revolução Liberal do Porto (pesquisar os fundamentos do liberalismo). O que a questão te pede é uma das exigências dos revoltosos do Porto em Portugal, algumas o enunciado já adianta: Parlamentarismo, Constituição, submissão do rei à Constituição, retorno da família real para Portugal e...

LETRA A (ERRADA) Pelo contrário, havia a previsão da participação (minoritária) de representantes do Brasil.
LETRA B (ERRADA) É correto que se queria anular os pregressos da colônia, mas não se aliando aos ingleses.
LETRA C (CORRETA) Buscava-se a anulação de alguns dos progressos que expus no texto, são eles a abertura dos portos e a elevação do Brasil à Reino Unido. Se queria o fechamento dos portos para a exclusividade com o comércio de Portugal e O retorno do Brasil à condição de Colônia.
LETRA D (ERRADA) Não havia menção à imprensa colonial.
LETRA E (ERRADA) Uma série de erros, mas posso anular facilmente lembrando que a exploração do cacau e da borracha são fenômenos do final do século XIX e século XX, quase cem anos depois.


Portanto LETRA C é a CORRETA. Comente, critique e indique quais questões vocês querem respondidas.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Desculpas

Gostaria de pedir as mais sinceras desculpas à meu seguidores, principalmente aqueles que continuam acessando diariamente, pela falta de atualização desse blog ultimamente. Tenho sido exigido por uma série de demandas pessoais.
Logo voltarei a atualizar iniciando uma nova página voltada para o "concurseiro" onde abordarei questões de direito constitucional.
Um abraço a todos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Série: Prova de História 2013.2. Questão 5.

Iluminismo

Jean Jaques Rousseau, um dos principais te´ricos do Iluminismo

QUESTÃO 5 .O conceito de “Ilustração” ou Iluminismo, elaborado na Europa Ocidental, no século XVIII, diz respeito

A) à atribuição do poder da razão de promover a iluminação das mentes, na luta contra o obscurantismo responsável pelas trevas da ignorância, preconceito e dogmatismo.
B) ao grande progresso industrial que, partindo da França e da Itália, se espalhava por toda a Europa, promovendo o bem-estar das populações.
C) às grandes obras públicas realizadas no leste europeu pelos reis absolutistas, que buscavam aplicar as idéias dos filósofos franceses aos seus governos.
D) ao uso de tecnologias modernas, reservadas à produção agrícola dos países europeus, cujas economias ainda se orientavam pelos padrões medievais.
E) às mudanças políticas que flexibilizaram as relações entre metrópoles europeias e suas áreas coloniais no Novo Mundo.

A questão simplesmente indica um tema (O Iluminismo ou Ilustração) e pede que você escolha a alternativa em que se expressa a definição mais precisa desse conceito histórico. É uma pergunta extremamente fácil, pois as alternativas erradas se quer trazem definições aproximadas do Iluminismo. De toda forma, pra responder essa tinha que ter estudado, então... Vamos estudar?
Vai ai a definição de Iluminismo e depois de ler você volta às alternativas.

Iluminismo ou Ilustração foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas)  e pregava maior liberdade econômica e política.
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores iluministas e os burgueses tinham interesses comuns. 


As críticas do movimento ao Antigo Regime eram principalmente:
·          Mercantilismo. 
·          Absolutismo monárquico.
·          Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.

Com base nos três pontos  acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
·          A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
·          O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
·          O predomínio da burguesia e seus ideais.

Fica muito claro que a alternativa certa é a LETRA A.

Quem perdeu no vestibular sabe o que te faltou? Atenção na aula, nós professores de história “secamos” de repetir esse textinho pronto em sala e mesmo assim vocês perdem uma questão tão simples e fácil.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Série: Prova de História 2013.2. Questão 16.

Populismo no Brasil

Essa imagem mostra a multidão que foi às ruas no funeral do Presidente Getúlio Vargas em 1954

QUESTÃO 16. O populismo, modelo de ação política registrado no Brasil, entre as décadas de 30 e 60 do século XX, caracterizou-se por

A) adotar o socialismo como base ideológica, sendo, por essa razão, olhado com desconfiança pelos países capitalistas da América e da Europa.

B) abrir espaço político para a expressão de líderes populares, usando a legislação trabalhista para garantir o apoio das massas urbanas.

C) garantir ampla liberdade à organização sindical, criando organismos destinados à participação simultânea de representantes das classes trabalhadoras e do empresariado.

D) manter o protecionismo sobre a economia brasileira, evitando a entrada do capital estrangeiro e o estabelecimento de contratos com empresas e tecnologias externas.

E) estabelecer governos autoritários, cancelando a vigência das Constituições, fechando o Congresso e impondo um sistema eleitoral meramente simbólico.


O presidente Getúlio Vargas; que esteve como chefe do executivo brasileiro em duas oportunidades: 1930 – 1945 e 1951 – 1954; ficou conhecido pelo apelido de Pai dos Pobres. Seu enterro em 1954 levou milhões de pessoas dos mais diversos segmentos da sociedade às ruas a fim de prestar a última homenagem a um dos presidentes que foi mais amado pelo povo. Toda essa popularidade de Getúlio Vargas deveu-se à sua prática populista.
Getúlio Vargas não foi o único representante dessa pratica política nascida na argentina com o presidente Perón, de 1930 à 1964 vários foram os presidentes que optaram por essa abordagem em seus governos: João Goulart, Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros e ainda outros. As características dessa prática política são as seguintes:


  •      O Aspecto carismático do líder, que é sempre muito querido, (Pai dos Pobres, por exemplo)
  •       Aproximação direta desse líder com as classes populares (beijar bebês, por exemplo)
  •       Medidas de grande popularidade (redução de impostos, por exemplo)
  •       Apoio aos anseios trabalhistas, a fim de conter a tensão social causada por movimentos sociais e sindicais (Consolidação das Leis Trabalhistas).

O apoio à classe trabalhadora era na verdade uma medida para se apropriar da luta trabalhadora e tentar conter o movimento trabalhista organizados pelos sindicatos. A CLT dava direito aos trabalhadores, como carga horária definida, apoio jurídico, carteira de trabalho, previdência e etc., no entanto os sindicatos não tinham liberdade para se organizar ou funcionar; organizados por municípios eles eram necessariamente submetidos ao Ministério do Trabalho e ao presidente da república, ou seja direitos trabalhistas e sindicalismo eram forma de manter os trabalhadores sob a tutela do presidente e dominar pacificando o movimento trabalhista.
  

Vamos às alternativas:

LETRA A ERRADA, pois os governos populistas eram capitalista e buscavam o alinhamento da economia brasileira com as potências capitalistas.

LETRA B CORRETA, abrir espaço político para a expressão de líderes populares, usando a legislação trabalhista para garantir o apoio das massas urbanas. Tal como apontei no texto.

LETRA C ERRADA, pois não havia liberdade à organização sindical, como disse a CLT e o Ministério do Trabalho compunham um sistema de dominação dos trabalhadores e dos sindicatos.

LETRA D ERRADA, pois o que se queria era o contrário manter o protecionismo sobre a economia brasileira, evitando a entrada do capital estrangeiro e o estabelecimento de contratos com empresas e tecnologias externas. O que se queria era o alinhamento da economia brasileira com as potencias capitalistas a fim de atrair seus investimentos na forma de multinacionais.

LETRA E ERRADA, pois o populismo se estabelecia sob a ideologia democrática, nesse período houve, por exemplo, a introdução do voto feminino nas eleições do Brasil.


Portanto LETRA B É A CORRETA.


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Série: Prova de História 2013.2. Questão 3.

Renascimento.


QUESTÃO 3. Em 1609, o astrônomo italiano Galileu Galilei apontou pela primeira vez uma luneta para o céu e iniciou a comprovação da teoria de Nicolau Copérnico: a de que não era a Terra que estava no centro do sistema solar, mas o Sol. Iniciava-se uma revolução no pensamento ocidental, então dominado pelos dogmas da Igreja cristã, que adotou a teoria geocêntrica de Aristóteles e de Ptolomeu. Durante o final do Império Romano e a Idade Média, era proibido sustentar qualquer outra idéia que não aquelas apresentadas pela instituição religiosa. Ninguém poderia ousar questionar as bulas papais, e todos que se envolviam na descrição da natureza da Terra ou do firmamento deveriam obedecer às idéias equivocadas de que a vida aqui em baixo era desvinculada do que ocorria nas esferas celestes, movidas eternamente em círculos e sem qualquer mutação na sua história.
Mas Galileu fez a revolução nos céus procedendo de uma maneira muito simples: ele simplesmente fez observações. (SILVA FILHO, 2012, p. A2).

Nicolau Copérnico (1473-1548) e Galileu Galilei (1571-1630) destacam-se entre os participantes do Renascimento Científico e da Revolução Científica dos séculos XVI e XVII, respectivamente, por pregarem

A) a popularização do conhecimento científico, fazendo-o acessível a todas as classes sociais de sua época.
B) os princípios da observação e da experimentação, superando a preeminência da fé sobre a ciência.
C) a obrigatoriedade de aplicação de princípios científicos à produção das obras de arte, na Itália e na península Ibérica.
D) a prática da livre expressão das idéias e das descobertas, sendo respeitados pelas instituições políticas e religiosas do seu tempo.
E) a concepção da igualdade de direitos de todos perante as leis que orientavam o acesso à educação pública e gratuita.

As provas de história da UEFS costumam trazer questões que poderiam muito bem estar nas provas de português, porque são questões unicamente de interpretação de texto; essa é uma delas, basta duas leituras atentas do texto, destacando algumas palavras chaves para a compreensão e a resposta certa saltará aos seus olhos, mesmo que você não tenha o conhecimento do contexto histórico em que se passa o fato.

Vamos rever o texto:
Em 1609, o astrônomo italiano Galileu Galilei apontou (uma luneta, o mesmo que olhar) pela primeira vez uma luneta para o céu e iniciou a comprovação da teoria (uma teoria precisa de uma comprovação empírica, uma experiência, isso se faz com a observação da natureza ao redor) de Nicolau Copérnico: a de que não era a Terra que estava no centro do sistema solar, mas o Sol. Iniciava-se uma revolução no pensamento ocidental, então dominado pelos dogmas da Igreja cristã, que adotou a teoria geocêntrica de Aristóteles e de Ptolomeu. Durante o final do Império Romano e a Idade Média, era proibido sustentar qualquer outra idéia que não aquelas apresentadas pela instituição religiosa. Ninguém poderia ousar questionar (Galileu questionou o geocentrismo da Igreja Católica quando observou que a Terra é que girava ao redor do Sol) as bulas papais, e todos que se envolviam na descrição da natureza da Terra ou do firmamento deveriam obedecer às idéias equivocadas de que a vida aqui em baixo era desvinculada do que ocorria nas esferas celestes, movidas eternamente em círculos e sem qualquer mutação na sua história.

Mas Galileu fez a revolução nos céus procedendo de uma maneira muito simples: ele simplesmente fez observações (gente! A questão já veio respondida).

Essa é aquela hora que você pensa: “Perdi uma questão de graça”. E foi mesmo, está evidente que a resposta certa está na LETRA B, OBSERVAÇÃO.

Vamos entender um pouco do contexto: No período conhecido como Idade Média, entre os séculos V e XV a Igreja Católica tinha o domínio absoluto sobre o pensamento; controlavam a liturgia e o acesso aos textos bíblicos, censuravam os textos científicos e literários. Todo o conhecimento construído e publicado em desacordo com a dogmática da Igreja Católica era tido como heresia e o autor ou difusor julgado pelo Tribunal de Inquisição. Galileu, por sinal, foi julgado nesse tribunal e declarou-se errado em suas descobertas, visando poupar a própria vida.
O período do Renascimento do Comércio, Artístico e Científico marca uma série de rompimentos com a Igreja Católica encabeçados pela Burguesia, nova classe social que não se alinhava com a doutrina da Igreja Católica, pois a Igreja proibia os lucros (considerava lucro como pecado de Usura) e a Burguesia desenvolvia atividades com vistas ao lucro. Esses rompimentos cominam com a Reforma Protestante.


DICA: Viu a imagem no topo da postagem? É o encarte do filme O Nome da Rosa, baseado no livro de mesmo nome, do escritor Umberto Eco. Procurem e assistam.


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Série: Prova de História 2013.2. Questão 14.

O Fim da escravidão no Brasil



QUESTÃO 14. A extinção do tráfico atlântico de africanos escravizados, os movimentos políticos e sociais em países europeus, dificultando o mercado de trabalho e a penetração de interesses imperialistas na África, resultaram, para o Brasil da segunda metade do século XIX,

A) na crise do trabalho escravo, na imigração de trabalhadores para a produção cafeeira e na expansão do trabalho livre.

B) na crise na produção cafeeira, uma vez que os trabalhadores imigrantes não conheciam nem se adaptaram às questões específicas dessa lavoura.

C) na retomada das relações comerciais com portos do continente africano, caracterizadas pela preferência brasileira por produtos agrícolas similares aos produtos já cultivados no Brasil.

D) no fortalecimento das relações de trabalho escravistas, em todas as províncias brasileiras, uma vez que o crescimento vegetativo da população escrava neutralizava os prejuízos causados pela extinção do tráfico.

E) na substituição do trabalhador escravo pelo trabalhador brasileiro livre e assalariado, incluindo-se entre eles os ex-escravos, amparados pela legislação pós-abolicionista.

Essa questão é das mais simples, como quase todas as questões dessa prova, basta identificar o assunto em questão e pronto; você terá resolvido a questão. Então vamos identificar o tema, o texto fala de:

     1.     A extinção do tráfico atlântico de africanos escravizados
Os interesses Ingleses, principalmente, na diminuição da participação do Brasil no mercado internacional de açúcar e na criação de mercado consumidor para os produtos industriais ingleses renderam uma pressão inglesa para o fim da escravidão no Brasil. O fim da escravidão e a instituição do trabalho livre assalariado no Brasil eram importantes para a Inglaterra, pois assalariado ganha dinheiro e consome e a Inglaterra precisava de consumidores em todo mundo para os seus produtos industrializados.
Sob essa pressão em 1850 o Brasil edita a Lei Euzébio de Queiroz que acaba com o tráfico de escravos e em 1888 a Lei Áurea que extinguiu a escravidão no Brasil.

      2.    A penetração de interesses imperialistas na África
Também no século XIX houve a Partilha da África e os interesses capitalistas penetraram no interior da África de onde a Europa explorava os recursos naturais, o mercado consumidor e mão de obra barata. Isso também colaborou para a pressão Inglesa pelo fim do tráfico de escravos e da escravidão no Brasil.

      3.  Os movimentos políticos e sociais em países europeus
Ao mesmo tempo os movimentos socialistas, comunistas e anarquistas varriam a Europa. Fundamentados, principalmente, no pensamento Marxista, exigiam redução da carga horária de trabalho, aumento de salários, melhores condições de saúde, higiene e segurança nos locais de trabalho. O Sindicalismo socialista ou anarquista exigia melhorias para a classe operária que resultavam em diminuição de lucros para a Burguesia.

Vamos às Alternativas.

LETRA A é a CORRETA. As pressões pelo fim do tráfico de escravos juntamente com os interesses do capitalismo liberal inglês foram fatores preponderantes para a crise do trabalho escravo, e no lugar dos escravos vieram os imigrantes, trabalhadores para a produção cafeeira e na expansão do trabalho livre.

LETRA B, ERRADA, pois a crise na produção cafeeira, só se deu durante o século XX, por conta da super produção e da Crise de 1929 que afetou em cheio a produção de café no Brasil.

LETRA CE, ERRADA, pois tais relações nunca existiram.

LETRA D, ERRADA, pois, o que houve foi o fim das relações de trabalho escravistas em todas as províncias brasileiras.

LETRA E, ERRADA, pois, a substituição do trabalhador escravo foi pelo trabalhador imigrante, principalmente os italianos (veja as novelas da globo).

Portanto LETRA A.

Há uma discussão a ser feita: muita gente atribui à Princesa Isabel o fim da escravidão, visto que foi ela quem assinou a Lei Áurea, mas na verdade são outros dois os fatores responsáveis pelo fim da escravidão.
Primeiro a pressão dos escravizados que resistiam e lutavam contra a escravidão: fugas, resistências, quilombos, assassinatos de senhores, negociação e muitas outras foram as formas que os escravizados usaram para inviabilizar a escravidão.

O outro é o fato de que o trabalho escravo já não era mais compatível com o modo de produção capitalista que predominava no mundo em meados do século XIX. As potências industriais precisavam de trabalhadores livres e com salários nos bolsos para consumirem os produtos industriais. O capitalismo, que outrora usou a escravidão, matou este no século XIX.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Série: Prova de História 2013.2. Questão 7.


Liberalismo e Democracia.





QUESTÃO 7. A inclusão da luta pela igualdade no ideário do liberalismo, dito radical, trouxe, dentre outras consequências,

A) a defesa do sufrágio universal, superando as gradações discriminatórias de renda estabelecidas por leis eleitorais conservadoras.
B) a concretização de iguais oportunidades e direitos no mercado de trabalho, para homens, mulheres e crianças, nas áreas integrantes da Revolução Industrial.
C) o controle da informação, a partir da vigilância sobre a imprensa, como forma de disciplinar as opiniões do povo quanto ao desempenho dos governos.
D) o estabelecimento da igualdade de direitos entre ex-escravos e homens livres, nas sociedades escravistas da América, no século XIX.
E) a inclusão dos direitos de igualdade perante a lei, nos países de regime republicano, excluindo os países de governos monárquicos.

Essa questão é fundada no mesmo texto da questão 6, já publicada aqui. Por tanto olhem de novo o texto da questão 6, abaixo, e volte para a questão de hoje.
A chamada, segunda fase do liberalismo, no início do século XX é marcada por valores de democracia, buscando expandir os direitos políticos e de participação. Essa nova fase do Liberalismo superou a discriminação conservadora dentre as classes que podiam ou não votar e estabeleceram o Sufrágio Universal.

MUITA GENTE PERDEU ESSA POR NÃO CONHECER O SIGNIFICADO DO TERMO SUFRÁGIO UNIVERSAL.

Sufrágio Universal se dá quando todos os aptos numa sociedade podem votar sem qualquer discriminação à etnia, sexo, credo ou opinião política. O Brasil atualmente pratica o sufrágio Universal, pois todos os aptos e inscritos podem votar. Porém, até a década de Trinta no Brasil isso não era possível, pois as mulheres ainda não tinham esse direito.

Ficou claro já que é a LETRA A.


As demais alternativas estão erradas porquê essa expansão nos direito se deteve apenas nos direitos políticos ao voto nas eleições. Direitos sociais do trabalho, igualdade e dignidade da pessoa humana continuavam a não ser concretos, ex-escravos ainda eram vistos como inferiores e sofriam toda espécie de discriminação.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Série: Prova de História 2013.2. Questão 6.

 Liberalismo

Adam Smith é o principal teórico do Liberalismo Clássico

QUESTÃO 6. No século XIX, podemos notar claramente os dois sentidos do movimento que até hoje dilacera o pensamento liberal: a permanência do liberalismo conservador, que defende a liberdade, mas não a democracia (ou seja, não é um liberalismo com aspirações igualitárias) e o liberalismo radical, que, além da liberdade, defende a igualdade.

(ARANHA; MARTINS, 2001, p. 229).

O “liberalismo conservador”, referido no texto, apresentava, entre suas principais premissas,

A) a luta em defesa da manutenção do controle da Igreja Católica sobre os sistemas religiosos da Europa Ocidental.
B) a crítica ao exclusivo comercial, que atrelava as áreas coloniais às suas metrópoles, e a crítica ao Antigo Regime.
C) a manutenção da concentração do poder na pessoa do rei, em benefício da nobreza e do clero, classes sociais que lhe davam apoio irrestrito.
D) o combate à propriedade privada, em benefício de uma reforma agrária que atendesse às necessidades da numerosa população camponesa européia.
E) a liberdade estendida a analfabetos, mendigos e vadios, para participarem das eleições censitárias promovidas pelos governos antiabsolutistas.


O Liberalismo Conservador ou Clássico ao qual o texto se refere é o primeiro movimento Liberal surgido na Europa no século XVIII. O contexto em que nascem as idéias liberais é um contexto de choque entre duas das principais expressões do capitalismo: O Antigo regime versus a o capitalismo Industrial.
O Antigo Regime é o nome pelo qual ficaram conhecidas as Monarquias Absolutistas da Europa na Idade Moderna, ele se fundava em três pilares: Mercantilismo, absolutismo e sistema colonial.
·         Mercantilismo: Através do Intervencionismo Estatal e Protecionismo alfandegário os Estados modernos buscavam a acumulação primitiva de capital (vide questão 2 desta serie)
·         Sistema Colonial: Era a manutenção de colônias (regiões com exclusividade comercial com suas metrópoles). Brasil foi colônia de Portugal.
·         Absolutismo: O rei concentrava todos os poderes de forma absoluta em suas mãos (legislativo, executivo e judiciário), sendo senhor absoluto e verdadeiro ditador em seus países.
O forte intervencionismo e protecionismo do capitalismo mercantil não interessam ao capitalismo Industrial nascente. A indústria se pauta na produção em larga escala, a fim de alcançar um grande mercado consumidor. Economias fechadas e colônias impedidas de comprar de outros países por força dos Pactos Coloniais reduziriam em muito o mercado consumidor dos produtos industrializados fabricados em escalas cada vez maior.
       Por isso que dentro das indústrias nasce também o Liberalismo Clássico ou conservador que criticava frontalmente o sistema colonial e o Antigo Regime como um todo. As conseqüências mais marcantes da ideologia liberal foram as independências das colônias européias na América entre os séculos XVIII e XIX.

Fica evidente que a resposta certa é a LETRA B.

LETRA A ERRADA, pois os capitalistas liberais eram críticos também da Igreja Católica, pois esta cooperava para a manutenção do Antigo Regime.

LETRA C ERRADA, pois o Liberalismo criticava o absolutismo (Manutenção de todo poder na pessoa do rei) e à Igreja Católica como cooperante do absolutismo.

LETRA D ERRADA, pois o combate à propriedade privada, em benefício de uma reforma agrária que atendesse às necessidades da numerosa população camponesa européia era objetivo dos movimentos socialistas, rivais dos capitalistas liberais.

LETRA E ERRADA, pois a liberdade estendida a analfabetos, mendigos e vadios, para participarem das eleições censitárias promovidas pelos governos antiabsolutistas era objetivo da segunda geração do absolutismo, o dito democrático e não da primeira, a conservadora, em questão.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Série: Prova de História 2013.2. Questão 13.

Brasil Monárquico.

D. Pedro II

QUESTÃO 13. A Monarquia liberal estruturada, no Brasil, com a outorga da Constituição de 1824, conviveu, até o final do século XIX, com contradições relativas

A)    À presença do trabalho escravo, da religião oficial e do Poder Moderador.
B)    À manutenção dos laços de dependência com a casa portuguesa de Bragança e com a presença dos visitadores do Santo Ofício.
C)    Controle dos partidos políticos pelo Estado e a ausência de um sistema eleitoral.
D)    À pratica da reforma agrária nos moldes portugueses, concretizada com a aplicação da Lei de Terras, de 1880.
E)    Ao controle do sistema educacional pelo Estado Monárquico, que garantia o livre acesso de todos à escola.

Toda a solução dessa questão se concentra em torno de uma palavra no enunciado: Liberal. Para respondê-la é necessário que se saiba o mínimo dos aspectos do liberalismo, para só ai, conhecendo a história do Brasil Imperial, indicar quais as contradições nele presentes em relação ao liberalismo.
Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. Neste sentido, os liberais são contrários ao forte controle do Estado na economia e na vida das pessoas.
Podemos citar como princípios básicos do liberalismo:
·         Defesa da propriedade privada;
·         Liberdade econômica (livre mercado);
·         Mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação (governo limitado);
·         Igualdade perante a lei (estado de direito);
·         Autonomia entre os poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), na perspectiva de Montesquieu.
·         Estado Laico (sem religião oficial)
·         Mão de obra assalariada.

Vamos às alternativas

LETRA B, ERRADA. À manutenção dos laços de dependência com a casa portuguesa de Bragança não era oficial, os dois reis eram da família Bragança, mas isso não resultou num laço oficial entre os países. O Santo Ofício ou Tribunal de Inquisição já não atuava no século XIX no Brasil.

LETRA C, ERRADA. Controle dos partidos políticos pelo Estado existia de um modo informal e havia sim um sistema eleitoral.

LETRA D, ERRADA. À pratica da reforma agrária nunca foi efetiva no Brasil, essa é a atual bandeira do MST (Movimento dos trabalhadores Sem Terra) a Lei de Terras, de 1880 somente dificultou o acesso dos mais pobres à terra..

LETRA E, ERRADA. O controle do sistema educacional era exercido pela igreja, e o acesso era permitido somente aos filhos da elite brasileira.

LETRA A, CORRETA.  À presença do trabalho escravo, contradizia a liberdade e à mão de obra assalariada; da religião oficial, contradizia à laicização do Estado. E o Poder Moderador era um atentado à repartição clássica dos poderes. O Poder Moderador, que pertencia ao rei, autorizava-lhe a fechar o Congresso (legislativo) e o Judiciário assumindo todas as funções do Estado, tal como numa Monarquia Absolutista.

Portanto, Letra A.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Série: Prova de História 2013.2. Questão 10.


Independência do Brasil


UEFS 2013.2  Durante o processo de Independência do Brasil, a construção da unidade territorial do país esteve ameaçada, porque

A)    As lideranças nacionalistas do país não contavam com o apoio das classes populares e dos escravos para garantirem a independência.
B)    Os países integrantes da Santa Aliança planejavam ocupar a Região Amazônica, o que lhes daria acesso às ricas minas de prata do Peru.
C)    Os demais países da America Latina eram contra a Independência do Brasil, por esta ter sido conduzida por um membro da monarquia portuguesa.
D)    O rei D. João VI, antes de retornar a Portugal, garantiu a autoridade do Príncipe Regente D. Pedro apenas sobre as províncias do Sul e do Sudeste, desinteressando-se de definir a situação em outras regiões.
E)     A permanência de tropas portuguesas no controle político e estratégico de províncias do Nordeste dificultava a adesão dessa região à independência oficializada no Rio de Janeiro.

Só perdeu essa quem não acompanha esse blog. Lembra que no dia 2 de Julho (dia da Independência da Bahia) eu pus uma postagem especial sobre o processo de Independência do Brasil? Pois é, eu dei essa questão pra vocês, só lamento por quem não aproveitou. Reparem:
“... A declaração de Independência em 7 de Setembro de 1822 com o grito do Ipiranga de “Independência ou morte” declarou que o Brasil a partir daquela data seria independente, mas falar que será independente não é fazê-lo efetivamente independente. Nem todas as províncias aceitaram a declaração de independência feita por D. Pedro I, muitas delas, dentre as quais a Bahia, mantiveram-se fieis à coroa portuguesa e não aceitaram a independência do Brasil; era o início da Guerra da Independência do Brasil. Durante quase 10 meses o novo exercito brasileiro batalhou contra as tropas portugueses que permaneciam no Brasil nas províncias fieis a coroa, principalmente na Bahia...”


LETRA A errada, realmente não havia participação do povo ou dos escravos, mas isso não influiu nos rumos da independência ou unificação territorial.

LETRA B errada, Não houve planos de invasão do Peru pela Amazônia Brasileira. Você leu isso em algum lugar?
LETRA C errada, os demais países da América Latina apoiavam a todo movimento emancipacionista independente da motivação deste.
LETRA D errada, o rei D. João VI deixou D. Pedro (seu filho) como Regente sobre todo o país.

LETRA E correta, portanto. A mais simples de todas dessa prova. Viu que questão boba você perdeu, por não ler com atenção?