QUESTÃO
3. Em 1609, o astrônomo italiano Galileu Galilei
apontou pela primeira vez uma luneta para o céu e iniciou a comprovação da
teoria de Nicolau Copérnico: a de que não era a Terra que estava no centro do
sistema solar, mas o Sol. Iniciava-se uma revolução no pensamento ocidental,
então dominado pelos dogmas da Igreja cristã, que adotou a teoria geocêntrica
de Aristóteles e de Ptolomeu. Durante o final do Império Romano e a Idade
Média, era proibido sustentar qualquer outra idéia que não aquelas apresentadas
pela instituição religiosa. Ninguém poderia ousar questionar as bulas papais, e
todos que se envolviam na descrição da natureza da Terra ou do firmamento
deveriam obedecer às idéias equivocadas de que a vida aqui em baixo era
desvinculada do que ocorria nas esferas celestes, movidas eternamente em
círculos e sem qualquer mutação na sua história.
Mas Galileu fez a revolução nos céus
procedendo de uma maneira muito simples: ele simplesmente fez observações.
(SILVA FILHO, 2012, p. A2).
Nicolau Copérnico (1473-1548) e Galileu
Galilei (1571-1630) destacam-se entre os participantes do Renascimento
Científico e da Revolução Científica dos séculos XVI e XVII, respectivamente,
por pregarem
A)
a popularização do conhecimento científico, fazendo-o acessível a todas as
classes sociais de sua época.
B)
os princípios da observação e da experimentação, superando a preeminência da fé
sobre a ciência.
C)
a obrigatoriedade de aplicação de princípios científicos à produção das obras
de arte, na Itália e na península Ibérica.
D)
a prática da livre expressão das idéias e das descobertas, sendo respeitados
pelas instituições políticas e religiosas do seu tempo.
E)
a concepção da igualdade de direitos de todos perante as leis que orientavam o
acesso à educação pública e gratuita.
As
provas de história da UEFS costumam trazer questões que poderiam muito bem
estar nas provas de português, porque são questões unicamente de interpretação
de texto; essa é uma delas, basta duas leituras atentas do texto, destacando
algumas palavras chaves para a compreensão e a resposta certa saltará aos seus
olhos, mesmo que você não tenha o conhecimento do contexto histórico em que se
passa o fato.
Vamos
rever o texto:
Em 1609, o astrônomo italiano Galileu
Galilei apontou (uma
luneta, o mesmo que olhar) pela primeira vez uma luneta para o céu e
iniciou a comprovação da teoria (uma teoria precisa de uma comprovação empírica, uma experiência, isso
se faz com a observação da natureza ao redor) de Nicolau Copérnico: a de
que não era a Terra que estava no centro do sistema solar, mas o Sol.
Iniciava-se uma revolução no pensamento ocidental, então dominado pelos dogmas
da Igreja cristã, que adotou a teoria geocêntrica de Aristóteles e de Ptolomeu.
Durante o final do Império Romano e a Idade Média, era proibido sustentar
qualquer outra idéia que não aquelas apresentadas pela instituição religiosa.
Ninguém poderia ousar questionar (Galileu questionou o geocentrismo da
Igreja Católica quando observou que a Terra é que girava ao redor do Sol)
as bulas papais, e todos que se envolviam na descrição da natureza da Terra ou
do firmamento deveriam obedecer às idéias equivocadas de que a vida aqui em
baixo era desvinculada do que ocorria nas esferas celestes, movidas eternamente
em círculos e sem qualquer mutação na sua história.
Mas Galileu fez a revolução nos céus
procedendo de uma maneira muito simples: ele simplesmente fez observações (gente! A questão já veio respondida).
Essa
é aquela hora que você pensa: “Perdi uma questão de graça”. E foi mesmo, está
evidente que a resposta certa está na LETRA B, OBSERVAÇÃO.
Vamos
entender um pouco do contexto: No período conhecido como Idade Média, entre os
séculos V e XV a Igreja Católica tinha o domínio absoluto sobre o pensamento; controlavam
a liturgia e o acesso aos textos bíblicos, censuravam os textos científicos e
literários. Todo o conhecimento construído e publicado em desacordo com a
dogmática da Igreja Católica era tido como heresia e o autor ou difusor julgado
pelo Tribunal de Inquisição. Galileu, por sinal, foi julgado nesse tribunal e
declarou-se errado em suas descobertas, visando poupar a própria vida.
O
período do Renascimento do Comércio, Artístico e Científico marca uma série de
rompimentos com a Igreja Católica encabeçados pela Burguesia, nova classe
social que não se alinhava com a doutrina da Igreja Católica, pois a Igreja
proibia os lucros (considerava lucro como pecado de Usura) e a Burguesia
desenvolvia atividades com vistas ao lucro. Esses rompimentos cominam com a
Reforma Protestante.
DICA:
Viu a imagem no topo da postagem? É o encarte do filme O Nome da Rosa, baseado
no livro de mesmo nome, do escritor Umberto Eco. Procurem e assistam.
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