quarta-feira, 26 de junho de 2013

“Primavera Árabe” e manifestações no Brasil.

Em virtude da onda de protestos e manifestações que varreu todo o Brasil nas ultimas semanas o tema “Primavera Árabe” pode voltar ao centro das provas de história ou atualidades na forma de comparação entre as duas ondas de protestos. Vai uma muito recente sobre a “Primavera Árabe”

Clique na imagem e saiba mais.

A questão é de um bom nível de dificuldade e é tão informativa que nem precisaremos de apontamento, bastará excluir a errada e todas as informações sobre os movimentos estarão dadas.

URCA/2012.1  ­ A "Primavera Árabe", assim  denominada  a  onda  de protestos em países do “Mundo Árabe” e em vários países que não fazem parte dele. Teve início na Tunísia, em dezembro de 2010. Seguiu uma onda de instabilidade, ainda em  curso, que atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e Iêmen, Líbia, Mauritânia, Omã, Arábia Saudita, Líbano, Síria, Palestina, Marrocos, Djibuti, Iraque, Barein, Kuwait. 
Assinale a alternativa INCORRETA em relação a essa onda de protestos políticos:


a)  O movimento denominado “Primavera Árabe” já demonstrou força: deposição de Bem Ali (Tunísia), renúncia de Hosni Mubarak (Egito, Jordânia), deposição do regime na Líbia e morte do ditador Muammar AL­Gaddafi, reformas e mudanças políticas, ou ainda perspectivas de mudanças nos demais países: alguns lideres de governo anunciaram a intenção de renunciar, não concorrer à reeleição (presidentes do Iêmen, Sudão, o Premiê iraquiano) e alguns lideres de governos anunciaram mudanças sociais.

b)   Os protestos devem-­se unicamente a luta contra o terrorismo e a corrupção instalada nas máquinas dos governos desses países. Suas dificuldades residem no enfrentamento do apoio que os Estados Unidos oferecem às ditaduras daqueles países.

c)   A "Primavera Árabe" é uma onda de movimentos de  protestos  contra  os  governos  autoritários e corruptos, as duras condições de vida, o desemprego. Objetivam a liberdade a implantação de regimes democráticos e a melhoria das condições de vida da população.

d)     Os movimentos são protagonizados principalmente por jovens e suas formas de protesto são: grandes manifestações públicas, auto-imolação de homens na Tunísia, Mauritânia, Arábia Saudita, Síria e Marrocos, fazem também pequenos protestos;


e)    Apesar da força política da Primavera Árabe as manifestantes têm dificuldades  em  derrubar os regimes autoritários e implantar a democracia, devido à ausência de experiências democráticas desses países e ainda, a insegurança interna decorrente das rivalidades religiosas, étnicas e tribais no interior do mesmo país, e, ainda, da corrupção nas máquinas burocráticas dos Estados.

A própria questão forma um texto.

INTRODUÃO, CONCEITO - A "Primavera Árabe", assim  denominada  a  onda  de protestos em países do “Mundo Árabe” e em vários países que não fazem parte dele. Teve início na Tunísia, em dezembro de 2010. Seguiu uma onda de instabilidade, ainda em  curso, que atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e Iêmen, Líbia, Mauritânia, Omã, Arábia Saudita, Líbano, Síria, Palestina, Marrocos, Djibuti, Iraque, Barein, Kuwait. 
PARÁGRAFO 1, ACONTECIMENTOS - O movimento denominado “Primavera Árabe” já demonstrou força: deposição de Bem Ali (Tunísia), renúncia de Hosni Mubarak (Egito, Jordânia), deposição do regime na Líbia e morte do ditador Muammar AL­Gaddafi, reformas e mudanças políticas, ou ainda perspectivas de mudanças nos demais países: alguns lideres de governo anunciaram a intenção de renunciar, não concorrer à reeleição (presidentes do Iêmen, Sudão, o Premiê iraquiano) e alguns lideres de governos anunciaram mudanças sociais.
PARÁGRAFO 2, OBJETIVOS - A "Primavera Árabe" é uma onda de movimentos de  protestos  contra  os  governos  autoritários e corruptos, as duras condições de vida, o desemprego. Objetivam a liberdade a implantação de regimes democráticos e a melhoria das condições de vida da população.
CONCLUSÃO, PROBLEMAS - Apesar da força política da Primavera Árabe as manifestantes têm dificuldades  em  derrubar os regimes autoritários e implantar a democracia, devido à ausência de experiências democráticas desses países e ainda, a insegurança interna decorrente das rivalidades religiosas, étnicas e tribais no interior do mesmo país, e, ainda, da corrupção nas máquinas burocráticas dos Estados.


Percebeu que exclui o texto da letra “B”, a questão pedia que indicasse a incorreta; A letra B é incorreta, pois comete o erro de especificar de mais, a palavra unicamente a torna errada, pois as manifestações tem muitos objetivos além de combater a corrupção ou o terrorismo, além disso o combate ao terrorismo não é  pauta de reivindicação dos manifestantes. Palavras como: Unicamente, exclusivamente, tão somente dentre outras, normalmente, tornam falsas as alternativas.

 Muito cuidado com essas questões, na pressa de responder e ganhar tempo acabamos lendo a letra “A” (que traz uma afirmação correta), marcamos e partimos pra outra questão sem ler as demais alternativas. Porém, a questão pede a INCORRETA. O apoio dos Estados Unidade a alguns dos países onde se deram as revoltas é real por questões relacionadas a posicionamento de tropas e reservas de petróleo, mas os EUA não se colocaram ao lado das revoltas ou dos governos, o discurso oficial dos EUA se concentrava no apoio a uma transição pacífica dos regimes ditatoriais para democracias.

A principal semelhança com as recentes manifestações do Brasil residem principalmente no meio pelo qual foram acertadas, repercutidas e difundidas as manifestações; as redes sociais e as novas formas de mídia, sobretudo via internet. As manifestações eram marcadas e divulgadas pelas redes sociais e, posteriormente, os resultados (fotos e vídeos) eram massivamente publicados por meio das mesmas redes. Criando o envolvimento de toda a população e pondo em cheque a mídia liberal burguesa "oficial".


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